Neste domingo, 27, o apresentador Faustão, internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 5 com insuficiência cardíaca, recebeu um coração para transplante. Foram duas horas e meia de cirurgia, considerada sucesso total pela equipe de médicos, e agora o apresentador está em observação. O artista havia sido incluído na fila única de transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no dia 20 de agosto.
Segundo boletim médico “o Einstein foi acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada de hoje, quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B. A cirurgia aconteceu no início da tarde e durou cerca de 2h30. O procedimento foi realizado com sucesso e Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”.
GLMRM conversou com a especialista Mariana James sobre a condição do apresentador. “Ele [Faustão] é portador de insuficiência cardíaca, doença em que o coração perde sua capacidade de bombear o sangue, cuja principal causa é a doença aterosclerótica (infarto do miocárdio). Uma vez que isso acontece, torna-se irreversível e pode afetar o funcionamento de outros órgãos, como os rins, por exemplo”, destacou a médica.
Justamente por conta disso, Faustão foi incluído na fila única de transplantes. A fila segue critérios de prioridade e outros de exclusão em consideração. De acordo com Mariana James, fatores como idade, dependência de drogas para contração do coração e doenças psiquiátricas são fundamentais para a realização da cirurgia.
“Atualmente, o que mais dificulta o transplante são os critérios de compatibilidade entre doador e receptor, além das próprias condições do receptor para se submeter à cirurgia. Além disso, há uma vasta demanda de pacientes à espera de um órgão, o que acaba demorando ainda mais”, ressalta a médica. Pela rapidez com que recebeu o órgão, é possível dizer que o apresentador entrou para a fila com prioridade.
A compatibilidade genética, entre doador e receptor, é o fator primordial na decisão de quem receberá o órgão, assim como o tempo de isquemia (quanto tempo da duração do órgão fora do corpo). Crianças também têm preferência na fila.