Especialistas mostram como 44 dias sem vícios podem impactar o corpo e a mente
A Quaresma, tradicionalmente um período de reflexão e renúncia, tem se tornado uma oportunidade para muitas pessoas mudarem hábitos nocivos. Especialistas apontam que 44 dias sem cigarro, álcool e açúcar podem gerar benefícios que vão muito além da simbologia religiosa. Esse tempo de abstinência pode ser o início de uma transformação real no estilo de vida.
O impacto de abandonar vícios temporariamente
Deixar de lado substâncias prejudiciais, mesmo que por um período curto, já gera efeitos positivos para o organismo. Segundo o cardiologista Marcelo Franken, do Hospital Albert Einstein, reduzir ou eliminar álcool, cigarro e açúcar ajuda no controle da pressão arterial, do peso e da frequência cardíaca.
“Essas mudanças podem trazer uma sensação de bem-estar que incentiva uma vida mais saudável de forma permanente”, afirma o especialista. Para ele, a Quaresma pode ser um gatilho poderoso para quem deseja abandonar hábitos nocivos definitivamente.
Parar de fumar na Quaresma faz diferença?
Sim, e os benefícios surgem rapidamente. A pneumologista Gilda Elizabeth, do Hospital Brasília Águas Claras, explica que, em apenas duas semanas sem cigarro, os pulmões já começam a se recuperar. “Os cílios dentro dos brônquios voltam a funcionar melhor, facilitando a respiração e reduzindo a tosse”, afirma.
Além disso, parar de fumar durante esses 44 dias pode diminuir o risco de doenças cardiovasculares e pulmonares. “A frequência cardíaca e a pressão arterial tendem a baixar, reduzindo as chances de infarto e derrame”, reforça Gilda.
Os perigos do açúcar e do álcool
Não é só o cigarro que representa um risco à saúde. O excesso de açúcar pode levar ao ganho de peso, descontrole do diabetes e aumento do risco de doenças cardíacas. O consumo de álcool, por sua vez, pode causar hipertensão e, a longo prazo, insuficiência cardíaca alcoólica.
De acordo com Marcelo Franken, abandonar esses hábitos na Quaresma pode ser o primeiro passo para uma mudança definitiva. “Muitas pessoas percebem que se sentem melhor sem essas substâncias e optam por continuar com um estilo de vida mais equilibrado”, explica.